quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

LAMA VERMELHA E PRODUÇÃO DE TIJOLOS

Pesquisadores da Universidade de Coimbra desenvolveram uma tecnologia que permite incorporar a lama vermelha, resíduo da indústria do alumínio, na produção de tijolos, melhorando em 34% as suas propriedades térmicas e resolvendo um problema ambiental grave.

A lama resulta da água utilizada na anodização do alumínio e representou em 2008 cerca de 9,75 mil toneladas em Portugal, “que são depositadas em aterros industriais ou clandestinos, sem qualquer tratamento”, conforme nota à imprensa da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

O novo tijolo não apresenta riscos para a saúde, “porque as nanopartículas são aglomeradas, não havendo possibilidade de se libertarem”, afirma Teresa Vieira, professora da FCTUC, frisando que poderá estar dentro de dois anos no circuito comercial, se a indústria cerâmica mostrar interesse na sua produção.

Para ler essa matéria na íntegra, acesse o site do Jornal Ciência Hoje, disponível em: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=37031&op=all

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O ACIDENTE NA HUNGRIA E O RISCO NA AMAZÔNIA

Na tarde de 4 de outubro, moradores de três povoados da Hungria foram surpreendidos por uma avalanche arrasadora: mais de 100 milhões de litros de uma lama vermelha se espraiaram por uma área de 40 quilômetros. A enxurrada atingiu dois metros de altura, arrastando o que havia pelo caminho, afogando nove pessoas, ferindo outras 150 e destruindo um bairro inteiro em Kolontar, além de muitas casas nas outras duas pequenas cidades.

De imediato o rio Marçal morreu: todas as formas de vida que ele continha, animais e vegetais, foram exterminadas. A lama chegou até o Danúbio, o segundo maior rio da Europa. Quando as turmas de socorro e salvamento chegaram à área atingida, o panorama sugeria uma paisagem marciana; tudo estava tingido de vermelho.

O acontecimento quase não repercutiu no Brasil, indiferença estranha para o país que é o terceiro maior produtor de alumina do mundo. Menos aceitável foi o silêncio dos paraenses. A 50 quilômetros de Belém funciona a maior fábrica de alumina do mundo, a Alunorte.

A Alunorte também despeja num reservatório semelhante o rejeito da lavagem química do minério de bauxita, da qual resulta a alumina, de aparência semelhante ao açúcar. Submetida a um processo eletrolítico, a alumina se transforma em metal, o alumínio. O Pará tem o ciclo completo da produção no seu território, desde a bauxita (suas jazidas são as terceiras maiores do mundo) até o metal de alumínio (a fábrica da Albrás, vizinha da Alunorte, é a maior do continente e a terceira do mundo).


A matéria de Lúcio Flávio Pinto pode ser acessada na íntegra em: http://colunistas.yahoo.net/posts/6151.html

CATÁSTROFE ECOLÓGICA NA HUNGRIA

O governo húngaro nacionalizou a fábrica de alumínio que provocou a maior catástrofe ecológica do país.
No terreno, milhares de trabalhadores constroem um dique de emergência para evitar um novo acidente, depois de terem sido descobertas fissuras no reservatório da fábrica.

O acidente destruiu os ecossistemas de rios locais e chegou a ameaçar o Danúbio, o segundo maior rio da Europa. Os especialistas em despoluição estão a avaliar o impacto do desastre nas terras agrícolas, na água, na flora e na fauna.

Segundo o último balanço, morreram oito pessoas e 150 ficaram feridas.
Os habitantes das zonas contaminadas pela enxurrada vermelha foram realojados num ginásio enquanto aguardam a despoluição das residências.

Depois do desastre, alguns voluntários tentam proteger os animais dos efeitos tóxicos da lama vermelha. A operação é simples mas exige paciência. Os animais são lavados com água e voltam a ser libertados na natureza.

Fonte: http://pt.euronews.net/2010/10/12/governo-hungaro-nacionaliza-fabrica-de-aluminio/

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

II CONGRESSO BRASILEIRO EM GESTÃO DO CICLO DE VIDA DE PRODUTOS E SERVIÇOS

O Ciclo de Vida compreende a extração e a transformação de matérias-primas, a fabricação, a embalagem e a distribuição, a utilização e o fim de vida de produtos, processos e serviços. Todas estas etapas consomem energia e recursos e geram impactos sociais, econômicos e ambientais.

A Gestão do Ciclo de Vida (GCV) consiste, portanto, no recurso a conceitos, métodos e técnicas para incluir os aspectos ambiental, econômico e social no ciclo de vida de produtos, processos e serviços, com o objetivo de perseguir o desenvolvimento sustentável.

De acordo com o Comitê Mundial de Desenvolvimento Sustentável, a sustentabilidade será alcançada por meio do desenvolvimento de políticas de produção e consumo para reduzir os impactos ambientais e na saúde, ocasionados por produtos e serviços, utilizando, onde apropriado, metodologias científicas como a análise do de ciclo de vida.

Os Anais do II Congresso Brasileiro em Gestão do Ciclo de Vida de Produtos e Serviços, realizado entre os dias 24 e 26 de novembro de 2010, podem ser acessados através do link: http://www.ciclodevida.ufsc.br/congresso/images/acv-2010.pdf.

RECICLAGEM DO ALUMÍNIO

A INSUSTENTABILIDADE DO CONSUMISMO

Falar de sustentabilidade virou moda. Usar a sustentabilidade como bandeira para vender produtos, virou moda, tendo-se tornado uma estratégia comum adotada por muitas empresas. A sustentabilidade não pode ser apenas uma palavra que está na moda, mas terá de ser, antes de mais nada, uma atitude de respeito pelo ambiente e pelos outros!

O termo sustentabilidade, ou mais propriamente, desenvolvimento sustentável, apareceu em 1987 no relatório Brundtland (O Nosso Futuro Comum), definido assim: “O desenvolvimento sustentável é aquele que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades”.

Hoje em dia, são inúmeras as definições. De um modo geral, todas elas abarcam três componentes essenciais: o ambiente, a sociedade e a economia. Se o ambiente não for são, a sociedade não poderá ser sã, e se a sociedade não for sã, a economia também não o poderá ser. Mas a sustentabilidade não se pode limitar a uma definição inter-geracional, pois há que ter em conta que também se aplica intra-geracionalmente: não é sustentável que uma parte da população deste planeta consuma desenfreadamente, gastando excessivamente recursos e produzindo demasiado lixo, enquanto outra parte da população vive abaixo do limiar da pobreza, em estado de fome crônica, vendo familiares e amigos sucumbir diariamente por falta de alimento ou de condições sanitárias básicas.

A pegada ecológica, que exprime a área da superfície terrestre produtiva para produzir os recursos utilizados e para assimilar os resíduos gerados por um indivíduo, uma comunidade, um país, ou mesmo para a população mundial, é uma forma de termos uma ideia da insustentabilidade da nossa atuação. 

Face à população existente, a pegada ecológica média que nos cabe é de 2,0 hectares por pessoa; no entanto, a pegada ecológica média estimada na terra é de 2,9 hectares por pessoa. Estamos usando mais de 45% da superfície da terra e oceanos para produzir o que consumimos e depositar o lixo que produzimos do que o que ela pode sustentar. E a isto acrescem as disparidades que vão desde os 12,5 hectares por pessoa nos EUA (e mais em outros países) até aos 0,6 hectares por pessoa em Bangladesh.

Alcançar um mundo sustentável depende de todos nós, de estarmos esclarecidos e de esclarecermos que o caminho que a economia global tem seguido é errado. O caminho para a sustentabilidade tem de passar não só pelo respeito pelo ambiente e equilíbrio dos ecossistemas, mas também pela justiça social e pela distribuição equitativa de recursos. Há que mudar de rumo, e esta mudança implica uma ação individual e coletiva na redução do consumo e na redução da produção de resíduos.

OS 5 Rs



REPENSAR
RESPEITAR
REDUZIR
REUTILIZAR
RECICLAR

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A HISTÓRIA DAS COISAS

Você já se perguntou de onde vêm todas as coisas que compramos e para onde vão depois que nos desfazemos delas? Assista ao vídeo "A História das Coisas" e descubra...