sábado, 27 de novembro de 2010

QUESTIONANDO O MITO DA RECICLAGEM DE ALUMÍNIO

Em seu artigo "Questionando o mito da reciclagem de alumínio", Henrique Cortes, ambientalista e coordenador do Portal EcoDebate, apresenta as seguintes informações:

a) a reciclagem do alumínio reduz a demanda pela extração da bauxita, reduz o consumo de energia elétrica e minimiza a geração de resíduos tóxicos;

b) o Brasil é o recordista mundial na reciclagem de alumínio, com a marca de 96,2 %;

c) Então, porque a produção de alumínio primário cresce, há mais de 10 anos, acima de 3% ao ano?

A resposta é simples: a reciclagem do alumínio permite atender ao mercado interno, facilitando a crescente exportação de alumínio plano semi-acabado.
A reciclagem permite ao país aumentar seu potencial de exportação, nada mais.

O artigo na íntegra está disponível em: http://henriquecortez.wordpress.com/2007/08/09/questionando-o-mito-da-reciclagem-de-aluminio-artigo-de-henrique-cortez/.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

ALUMÍNIO



O alumínio é um elemento químico de símbolo Al e de número atômico 13, ou seja, 13 prótons e 13 elétrons.
Na temperatura ambiente é sólido, sendo o elemento metálico mais abundante da crosta terrestre.

Sua leveza, condutividade elétrica, resistência à corrosão e baixo ponto de fusão lhe conferem uma multiplicidade de aplicações, especialmente nas soluções de engenharia aeronáutica.

Entretanto, mesmo com o baixo custo para a sua reciclagem, o que aumenta sua vida útil e a estabilidade do seu valor, a elevada quantidade de energia necessária para a sua obtenção reduzem sobremaneira o seu campo de aplicação, além das implicações ecológicas negativas no rejeito dos subprodutos do processo de reciclagem, ou mesmo de produção do alumínio primário.
 
É dado a Friedrich Wöhler o reconhecimento do isolamento do alumínio, em 1827.


sábado, 20 de novembro de 2010

ALUMÍNIO NOS ALIMENTOS

Pesquisadores da Escola de Engenharia de São Carlos , da Universidade de São Paulo (USP), acabam de escrever mais um capítulo na polêmica questão de se preparar alimentos em panelas de alumínio. O estudo indica o potencial de comprometer a saúde do consumidor.

Foram detectadas quantidades excessivas de alumínio tanto na água quanto no alimento. A transferência do metal em água com sal (na concentração de 10 gramas de sal para 4 litros de água) foi de 20 miligramas de alumínio por litro após 3 horas de fervura. De acordo com a literatura internacional, o limite aceitável de consumo diário de alumínio é de no máximo 14 miligramas. A transferência do metal cresceu com a introdução de uma maior quantidade de sal na água. O sal eleva a condutividade da água, fazendo com que a panela libere uma quantidade de alumínio ainda maior.

O excesso desse metal no organismo pode trazer vários danos à saúde:  alumínio tem forte relação com doenças como o Mal de Alzheimer, o câncer de pulmão e eventos inflamatórios pelo organismo.

Fonte: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Disponível em: http://www.agencia.fapesp.br/materia/4750/noticias/aluminio-nos-alimentos.htm.

RECICLAGEM DA LATA DE ALUMÍNIO

VANTAGENS DA RECICLAGEM:
  • Redução da extração de bauxita:  para cada mil quilos de alumínio que se recicla, poupa-se aproximadamente cinco mil quilos do minério bruto 
  • Economia de espaço nos aterros sanitários, pois as latas não chegam a ir para o lixo
  • Economiza de até 95% da energia elétrica necessária para o processo produtivo. Em 2007, a reciclagem de latas de alumínio proporcionou a economia de cerca de 2.329 GWh / ano, o que corresponde a 0,5% de toda a energia gerada no país. Este total seria suficiente para atender a demanda de uma cidade de um milhão de habitantes, como Campinas (SP), por exemplo
  • Desenvolvimento da consciência ambiental
  • Cerca de 180.000 pessoas vivem exclusivamente da coleta de latas de alumínio e atividades relacionadas com a reciclagem no Brasil

COMPANHIA VALE: "SUSTENTABILIDADE"



QUEM É A VALE?

Os impactos das operações da Vale são violentos: utiliza 1,2 bilhões de metros cúbicos de água por ano, correspondentes ao consumo médio de água de 18 milhões de pessoas. 
Em 2009, despejou em rios e mares 114 milhões de metros cúbicos de efluentes industriais e oleosos: é o mesmo volume da água que o rio Amazonas despeja no mar em 12 minutos!

A isso acrescenta-se a poluição do solo e do ar, bem como o impacto do inteiro ciclo de siderurgia que no Brasil deve-se à instalação dos programas de mineração: somente no corredor de Carajás, as empresas siderúrgicas estão queimando a cada ano 3 milhões de toneladas de carvão, correspondente a 550mil hectares de floresta amazônica que por décadas foi sacrificada ao preço do desenvolvimento.
Hoje a monocultura de eucalipto disfarça a concentração da terra sob o falso nome de ‘reflorestamento’.


Tudo isso é a Vale, por trás da maquiagem garantida por R$ 180 milhões aplicados em propaganda a cada ano para pintar de verde e amarelo uma empresa que não é mais brasileira e nunca foi sustentável.

"Justiça nos Trilhos" é uma campanha internacional coordenada pelos Missionários Combonianos, Fórum Carajás, Sociedade Maranhense dos Direitos Humanos, Fórum "Reage São Luís", Sindicato dos Ferroviários do Maranhão, Pará e Tocantins, CUT Maranhão, Caritas Regional Maranhão.


segunda-feira, 8 de novembro de 2010

RUSAL: "DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL"



Coordenada pelas organizações ambientalistas "Friends of the Earth", da Noruega, e "Ariston Fund", da Rússia, a campanha "Boicote ao Alumínio Russo", tem como objetivos promover a conscientização sobre os impactos ambientais da produção de alumínio na Rússia e lutar pela melhoria nas práticas da empresa RUSAL.

As instalações defasadas e a falta de sistemas de purificação dos resíduos da produção do alumínio são responsáveis pela poluição do ar e pelo excesso de flúor na água potável. A inalação desses resíduos pode causar asma, dispnéia, fibrose pulmonar, entre outros. O excesso de flúor é o causador de fluorose dentária e esquelética.

Uma das fábricas da Rusal que mais danos tem causado é a que fica localizada na cidade de Nadvoicy. Muitos dos 11 mil habitantes da cidade sofrem de problemas de saúde decorrentes da poluição da água. Resíduos sólidos da fábrica foram descartados em lixões a céu aberto e acabaram por contaminar as fontes de água potável da cidade.

Muitos dos moradores de Nadvoicy tiveram seus dentes severamente danificados e até mesmo os perderam devido à fluorose. Esse é apenas o mais visível dos efeitos da contaminação por flúor.


Boycott Russian Aluminium - http://boycottrussianaluminium.com/

ALUMAR: "COMPROMISSO COM O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL"

A ALUMAR - Consórcio de Alumínio do Maranhão - é um dos maiores complexos de produção de alumínio primário e alumina do mundo. Inaugurado em julho de 1984, é formado pelas empresas Alcoa, RioTintoAlcan e BHP Billiton. A instalação da empresa foi viabilizada através de:
- garantias fiscais e creditícias
- aporte dado pelo governo do Maranhão para a montagem da infra-estrutura necessária ao projeto
- redução de Imposto de Renda
- energia consumida pela empresa foi subsidiada por um período de vinte anos e, em 2004, foi renovada por mais vinte anos


Na ALUMAR, em um ano, a produção de alumínio consome cerca de 237 vezes a energia que a cidade de Poços de Caldas (MG) consome no mesmo período.

Na apresentação do relatório elaborado pela Comissão Especial da Assembléia Legislativa do Maranhão, criada para discutir a ampliação do porto da ALUMAR em São Luís, o deputado Marcos Caldas (PTdoB) ressaltou as razões que poderiam inviabilizar tal ampliação:
- poluição do solo maranhense: em dez anos não haverá mais terras produtivas em São Luís
-  a Alumar possui 10% do território da cidade
- consome 3 vezes mais energia que toda a população do Maranhão
- utiliza a água do subsolo maranhense e não paga nada por isso.





Fontes:
INSTITUTO OBSERVATÓRIO SOCIAL. Estudo da cadeia produtiva do alumínio na região norte do Brasil: o caso da empresa Alumar. dez. 2008. Disponível em: http://www.observatoriosocial.org.br/arquivos_biblioteca/conteudo/Relatorio_IOS_Alumar.pdf.

MARANHÃO. Assembléia Legislativa do Maranhão. Deputado Marcos Caldas apresenta relatório sobre a Alumar. Disponível em: http://www.al.ma.gov.br/noticias.php?codigo1=12539.

ALCAN: "DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL"

De acordo com o estudo relizado pelo Pollution Watch, a INCO (subsidiária da empresa brasileira de mineração Companhia Vale do Rio Doce com sede em Toronto, Canadá) e a ALCAN são as maiores emissoras de poluentes na atmosfera no Canadá.


Muitos desses poluentes estão associados à doenças, como asma, bronquite enfisema pulmonar, câncer, entre outros, além de problemas relacionados com a chuva e a neblina ácida.


O relatório completo do Pollution Watch está disponível em: http://www.pollutionwatch.org/pressroom/factSheetData/PollutionWatch%20National%20Overview%202003%20-FINAL.pdf.

ALCOA - "MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE"

Juruti – Ministério Público ajuíza ação contra a Alcoa por poluição de igarapés.

Ministério Público do Pará - 16 de dezembro de 2009
Em Juruti, o Ministério Público do Estado ingressou com Ação Civil Pública contra a Alcoa. A ação quer garantir a cessação e recuperação dos danos ambientais causados ao ecossistema que abriga os igarapés das áreas de influência das rodovias, caminhos de serviços e ferrovia construídos pela empresa. O MP requer concessão de liminar que determine a imediata suspensão da licença de operação do empreendimento.

O MP requer a suspensão da licença até que sejam tomadas todas as providências para recuperação, controle e monitoramento dos igarapés, e indenização dos comunitários afetados. Requer também a suspensão de toda e qualquer licença ambiental em favor de atividades de supressão de vegetação, de terraplenagem ou de movimentação de terra.


INDÚSTRIA DO ALUMÍNIO


Três empresas - ALCOA, ALCAN, e RUSAL - produzem mais de um terço do alumínio primário do mundo. A Alcoa sozinha é responsável pela refinação de um quarto de toda a alumina, o produto intermediário necessário para a produção do alumínio primário. E essa concentração está aumentando, como comprovado pela aquisição da empresa francesa Pechiney pela Alcan, em 2004,  por US$ 5 bilhões.

Todas essas empresas, com exceção da Rusal, estão ativas no Brasil, onde a Companhia Vale do Rio Doce e a Companhia Brasileira de Alumínio (Grupo Votorantim) também controlam uma grande parte da produção.

As usinas de processamento de alumínio migraram recentemente dos centros industriais tradicionais dos EUA, Europa, e Japão para novos projetos “greenfield” no mundo em desenvolvimento, com acesso à eletricidade barata e mão-de-obra de baixo custo, as principais motivações.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

POPULAÇÃO EXPOSTA AOS POLUENTES DA INDÚSTRIA DO ALUMÍNIO

Os resíduos da alumina espalham-se pelo ar causando: 
  • Dores de cabeça
  • Irritação das mucosas, da pele e dos olhos
  • Distúrbios digestivos
  • Dores nas articulações
  • Queimação no estômago e na garganta
  • Sangramentos nasais
  • Letargia - alterações da consciência - causada pela exposição a múltiplos produtos químicos
  • Hipersensibilidade brônquica em crianças

INDÚSTRIA DO ALUMÍNIO - TRABALHADORES E DANOS À SAÚDE


A cadeia de produção do alumínio impõe riscos à saúde de diversas naturezas aos trabalhadores. A mineração de bauxita causa problemas respiratórios e na pele, além de outras doenças relacionadas à mineração.

Os trabalhadores das refinarias de alumina estão expostos a diversos produtos químicos, e muitos sofrem do que é chamado de “sensibilidade química múltipla”. Eles estão sujeitos aos efeitos do envenenamento por fluoreto. Os sintomas abrangem osteosclerose (endurecimento dos ossos), perfuração do septo nasal, dores torácicas, tosses, distúrbios da tireóide, anemia, vertigens, fraqueza e náuseas e uma variedade de distúrbios respiratórios.

Fontes:
SWITKES, Glenn Ross. Impactos ambientais e sociais da cadeia produtiva de alumínio na Amazônia: ferramentas para os trabalhadores, as comunidades e os ativistas. Internacional Rivers, 2005. Disponível em: http://www.internationalrivers.org/files/Foiling2005_po.pdf.


RECICLAGEM DA LATA DE ALUMÍNIO


Atualmente no Brasil aproximadamente 33% de toda cerveja e 8% de todo refrigerante são envasados em latas de alumínio. O Brasil tem um consumo per capita de aproximadamente 72 latas.

Os EUA têm o maior consumo per capita do planeta com 347 latas consumidas por habitante, seguidos por Emirados Árabes (240), Canadá (155,3) e Austrália (144,7).


Em 2008 o Brasil reciclou 91,5% das mais de 13 bilhões de latas de alumínio consumidas, mantendo o país como campeão mundial, pelo oitavo ano consecutivo, entre os países onde a atividade não é obrigatória.

Fonte: ABRALATAS. Disponível em: http://www.abralatas.com.br/processo_reciclagem_latinha.pdf


DA CHAPA À LATINHA


Fonte: Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade.
Disponível em : http://www.abralatas.com.br/processo_fabricacao_latinha.pdf